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Pirataria, golpes, turismo internacional e inovação digital: veja como foi o 1º dia do Congresso Internacional do Procon SC

Delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, participa de painel ao lado da delegada Michele Alves, diretora do Procon SC

O 1º Congresso Internacional do Procon SC, realizado nos dias 4 e 5 de junho, em Florianópolis, simbolizou uma nova era de um órgão comprometido em fazer a diferença na defesa do consumidor catarinense. O evento marca o fortalecimento da união do Procon SC com os demais Procons municipais e também os estaduais, com a criação do Colegiado Nacional de Procons Estaduais (CNPE).

Em seu primeiro dia, o Congresso foi inaugurado pela vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm, além de diversas autoridades que prestigiaram a cerimônia de abertura. Em seguida, o Procon SC exibiu um vídeo institucional e contou um pouco de sua história e apresentou algumas das ações feitas no último ano.

Veja as fotos do congresso.

Confira como foram os painéis de debate do Congresso Internacional do Procon SC:

Painel 1: Comércio Ilegal e os Impactos na Economia

O primeiro painel do congresso discutiu os malefícios gerados pelo comércio de produtos falsificados, seus perigos ao consumidor e à economia nacional. Além disso, foi discutido como os produtos piratas são cada vez mais difíceis de serem detectados.

“É importante os representantes das marcas estarem conosco. Temos autoridade para fazer apreensão e tirar de circulação, mas não temos, em alguns casos, o poder de decidir se é de fato (pirata). É preciso o representante (da marca) para atestar a pirataria. O Conselho (Estadual de Combate à Pirataria, CECOP) está aí para ajudar os Procons e tirar de circulação os produtos que fazem mal ao consumidor”, disse Jair Schmitt, auditor fiscal da Receita Estadual da SEFAZ/SC e Presidente do Conselho Estadual de Combate à Pirataria (CECOP/SC).

Outro integrante do painel, Francisco Velter, auditor fiscal da Receita Federal e chefe da Alfândega de Santa Catarina, falou de sua experiência no combate a produtos contrabandeados e de descaminho. A diferença entre ambos é que o contrabando consiste na importação ou exportação de mercadorias proibidas (comércio clandestino), enquanto o descaminho tem relação com fraude no pagamento de impostos.

“Na questão do contrabando, um dos principais pontos de atuação da Receita Federal, temos previsão legal de atuar no combate à pirataria. Quando um produto estrangeiro apresenta qualquer indício de falsificação, a apreensão é sumária – claro que com o devido processo legal. A missão da Receita Federal é a questão tributária, mas, no Brasil, também engloba o comércio exterior, a aduana. Evitar que produtos inaptos que causem prejuízos entrem no Brasil”, explicou Velter, que enfatizou a importância de uma colaboração com os Procons ao envio de denúncias.

Gabriel Leôncio Lima, consultor de Proteção de Marcas da Diageo e coordenador do Comitê de Repressão ao Mercado Ilegal da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), falou sobre sua experiência no combate a bebidas falsificadas. “A falsificação de bebidas no Brasil gira em torno do envase, já que cada garrafa vazia custa em torno de 10% do produto cheio”, afirmou Lima, que alertou ao perigo à saúde pública das bebidas de descaminho. “A garrafa entra de forma irregular, mal armazenadas em caminhões. Então ela se choca com outras garrafas, o que cria microfissuras: o consumidor pode estar ingerindo pó de vidro”.

O advogado Bruno Brandi, que atua no combate à pirataria, enfatizou a importância da exclusividade às marcas e atuou que a pirataria não é exclusividade de vendedores ambulantes. “Grandes lojas também vendem produtos falsificados, não são mais apenas os camelódromos”.

Por fim, Guilherme Adriano da Fonseca Ferreira, advogado, sócio do escritório Daniel Law e especialista em Propriedade Intelectual, enfatizou que “a pirataria não é coisa de amador” e que “anda de braços dados com o crime organizado” à lavagem de dinheiro. Ferreira também ressaltou a importância de aumentar a repressão a crimes de propriedades imaterial/intelectual: “no Brasil temos apenas 3 delegacias para esses crimes”.

Todos os painéis foram mediados pela diretora do Procon SC, delegada Michele Alves.

Painel 2: Golpes e Fraudes nas Relações de Consumo: Prevenção, Diagnóstico e Soluções

Em um dos painéis mais aguardados do dia, o delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, contou um pouco de seu trabalho à repressão de golpes e fraudes. Ele alertou aos golpes virtuais mais comuns, como o “phishing”, que consiste em enganar as pessoas para que revelem informações pessoais ou bancárias, geralmente através de e-mails, mensagens de texto ou sites falsos que se fazem passar por entidades legítimas.

“Criamos uma cartilha de prevenção a fraudes: sextorsion, golpes com malwares e códigos que jogam vírus de captura de informação para dentro dos hardwares das pessoas. Criamos também um ‘Ciberlab’ na Polícia Civil para monitoramento de redes e setor de fraude financeira. Fizemos grande aquisição de softwares de alto desempenho para buscar informações e que rastream criptomoedas, já que grande parte dos criminosos fazem a conversão para esconder os ativos da organização criminosa”, explicou o Delegado Ulisses Gabriel.

A cartilha de prevenção a golpes da Polícia Civil de Santa Catarina pode ser acessada neste link.

Em seguida, o delegado da Polícia Federal em Santa Catarina, Thiago Nazário, destacou que “a regra que fica é a prevenção: evite clicar em link suspeitos, passar dados pessoais a quem não é de confiança, abordagem de terceiros em e-commerce, já que os fraudadores costumam entrar em contato com a vítima para pedir informações. A Polícia Federal atua quando houver lesão a bens e serviços da União ou quando há transnacionalidade que o Brasil se comprometeu a combater”.

Em seguida, a promotora de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Aline Restel Trennepohl, afirmou que “os golpes são subestimados: apenas 25% das fraudes virtuais viram Boletim de Ocorrência (BO). Apenas 14% dos golpes de até R$ 500 viram BO. As fraudes migraram ao cenário virtual e expandiram a capacidade de lesar as pessoas. Muitas das vítimas são pessoas idosas, hipervulneráveis, que têm dificuldade em compreender sinais de fraude”.

Elcio Guerra Junior, coordenador do Núcleo Especializado em Defesa do Consumidor da Defensoria Pública de Santa Catarina, propôs aos Procons que conciliem tanto o Código de Defesa do Consumidor (CDC) como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para ampliar a proteção a golpes virtuais. “Temos diversos métodos de prevenção: autenticação em múltiplos fatores, biometria, tokens. Paralelamente a isso, temmos uma quantidade significativa de consumidores que não conseguem lidar com o uso da tecnologia”.

Onildo Dalbosco Junior, Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), apontou à importância da educação financeira à prevenção de golpes e fraudes. “Em 2024, lançamos programa de educação financeira nas escolas. Precisamos cada vez mais tornar nossos jovens mais reponsáveis financeiramente. Alcançamos 36 mil jovens nest eprograma para que entendam o valor do dinheiro e não caiam em golpes”.

Charles Brasil, gerente executivo da Soluti Digital, encerrou o painel explicando sobre a segurança fornecida pela certificação digital. “Usa criptografia para minimizar as fraudes que ocorrem com as assinaturas, faz com que as informações sejam anonimizadas. Elas utilizam chave pública e privada para fazer assinatura digital com autenticidade e integridade. O problema dessa fraude é a identificação, e quando a assinatura localiza essa pessoa, isso é minimizado”.

Painel 3: Turismo e as Relações Internacionais de Consumo: Desafios Culturais e Linguísticos

O terceiro painel do Congresso visou à discussão da recepção a turistas estrangeiros em Santa Catarina, que recebeu quase meio milhão de turistas internacionais neste ano, um aumento de 67,5% em relação a 2024. Quem abriu o debate foi Juliana Mota Oliveira Debastiani, presidente da Abrasel/SC (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Santa Catarina).

“Uma das grandes experiências do turista é na mesa, para conhecer mais da cultura, gastronomia. Há restaurantes que são mais visitados do que museus! Por isso temos que trabalhar a hospitalidade. O grande desafio do setor é cultural/linguístico: precisamos entender a cultura de quem está vindo, ensinar os donos de bares para entender aquela cultura. Precisamos melhorar a comunicação sobre taxa de serviço, couvert, etc.”, indicou Debastiani.

O Procon SC desenvolveu, no início deste ano, uma cartilha em inglês, espanhol e português aos turistas estrangeiros, que abarcam estes temas. As cartilhas do Procon SC podem ser acessadas neste link.

Em seguida, Lisandro Parra, cônsul Adjunto do Consulado da Argentina em Florianópolis, disse que o “turismo argentino vai aumentar e permanecer em Santa Catarina: 80% dos turistas chegam de carro”, explicou Parra, que destacou a segurança do Estado e o “excelente trabalho que fizeram os policiais de Santa Catarina”.

Tamara Guridi, cônsul Geral do Uruguai em Florianópolis, disse que os uruguaios “têm vindo cada vez mais, não só no verão, mas no inverno também, vemos que é o ano todo. Muito uruguaio chegando para morar também, o uruguaio adora Santa Catarina”, declarou Guridi, que criticou apenas a conectividade aérea: “no verão tem voo direto para Montevidéu, mas no inverno são desativados”.

Attilio Colitti, cônsul Honorário da Itália em Florianópolis, enfatizou a importância de investir na preparação dos operadores do turismo, sobretudo em relação à língua inglesa. “Hoje a chave é o inglês, é muito importante, é a língua falada em todo o mundo”.

Por fim, Daniele Cruz, coordenadora de pesquisa e inteligência da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de Santa Catarina), argumentou que “só em janeiro de 2025, a receita gerada pelos turistas internacionais no Brasil foi de 322 milhões de dólares, o maior valor registrado pelo Banco Central”. Cruz citou uma pesquisa feita pela Fecomercia de que o turista internacional gasta o dobro do que o turista nacional, o que motiva o empresário a investir neste ramo. “Qualificar a mão de obra e mitigar a sazonalidade” são os desafios do turismo internacional.

Painel 4: Inovação Digital nas Relações de Consumo: Novas Perspectivas e seus Impactos

O último painel do primeiro dia do Congresso Internacional do Procon SC, começou com Alex Wehrle, Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da SCTI (Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação). Ele ressaltou a importância do investimento em tecnologia para diversas áreas e que “há um volume muito grande de recursos investido em tecnologia” pelo governo de Santa Catarina.

Fabio Oliveira, diretor de tecnologia e inovação do Detran/SC, ressaltou o avanço e a conquista de uma autonomia do órgão na gestão Jorginho Mello. “Assim, o Detran/SC muda de figura, um modelo totalmente diferente. Essa é a visão que o governo passa, de investir em tecnologia e gestão”, disse Oliveira, que ressaltou a implementação do atendimento virtual “Catarina”, que “resolve 80% dos chamados que chegam. Em pouco mais de 6 meses, 480 mil pessoas foram atendidas pela plataforma”.

Adriano Júnior Dias, assessor de Desenvolvimento de Negócios da Dígitro Tecnologia, alertou à influência dos padrões de consumo influenciadas pelos algoritmos em redes sociais. “Esses algoritmos influenciam bastante o comportamento do consumidor, e isso vai gerar impacto, como o superendividamento – sem falar dos influencers, que não sabem se é bom ou ruim, mas influenciam as pessoas a comprarem”.

Célio Bernardi, presidente da ACIF (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis), enfatizou a importância do investimento em tecnologia no setor público. “Quando há iniciativas de tecnologia no setor público fico muito feliz. Podemos realocar mão de obra para deixar o atendimento com uma Inteligência Artificial (IA). Menos custo e mais produtividade”.

Para finalizar, Edgar Usuy, secretário de Estado de Planejamento do Estado de Santa Catarina, explicou o trabalho feito por sua secretaria, que consiste na “tomada de decisão pública com dados e informação. O Estado não tem que dizer o que a sociedade faz, tem que olhar e se adequar a ela, e isso é desafiador. Subsidiar a tomada de decisão ao melhor uso do dinheiro público”.

Fotos: Carina Marques Fragoso/Procon SC e Dieferson Saydelles/Procon SC
Texto: Filipe Prado

“Venda casada”: entenda o que é e como denunciar

Permitir a entrada em cinemas apenas com alimentos comprados no local é considerado venda casada

Condicionar um produto ou serviço à compra de outro é prática denominada “venda casada”, o que é proibido pelo Código de Defesa do Consumidor. No entanto, esta prática ainda suscita muitas dúvidas no consumidor.

Há dois tipos de venda casada: a direta e a indireta.

A venda casada direta impõe, de maneira explícita e imediata, a compra de um produto ou serviço adicional ao uso do produto ou serviço desejado. Veja alguns exemplos:

  • Aparelho celular vendido sem os acessórios obriga o consumidor a adquirir um carregador a parte;
  • Concessionária impõe seu banco para financiar a venda de um veículo;
  • Escola particular determina a compra de uniforme em uma loja específica;

Já a venda casada indireta limita a escolha do consumidor a apenas à opção oferecida pelo próprio fornecedor. Veja os exemplos:

  • Permitir a entrada no cinema apenas com alimentos comprados no local;
  • Banco impõe a contratação de um seguro para liberar a contratação de crédito ou financiamento;
  • Impor a compra de um combo de produtos sem a opção de vendê-los separadamente;
  • Bares e eventos que cobram “consumação mínima”.

A venda casada, direta ou indireta, constitui infração ao Código de Defesa do Consumidor, com penas que podem incluir multas e até a suspensão do fornecedor comercial. Uma ação judicial para compensação de danos morais também é possível.

No entanto, há limites à venda casada: promoções estilo “leve dois, pague um” não são consideradas venda casada, pois geralmente há a opção de levar apenas um único produto separado. Outro exemplo que não é considerado venda casada é a venda de um pacote com diversos rolos de papel higiênico – não é possível comprar apenas um único rolo.

Se o consumidor flagrar alguma situação de venda casada, documente e envie sua denúncia! O Zap Denúncia do Procon SC aceita fotos, vídeos e relatos em texto sobre o problema do consumidor.

Em dúvida, acione o Procon SC!

Como acionar o PROCON SC

Telefone 151 – ligação gratuita apenas para tirar dúvidas dos consumidores.

Zap Denúncia – 48 3665 9057: para realizar uma denúncia através do WhatsApp do Procon SC.

Site do Procon SC: reclamações para pessoas que moram em cidades sem Procon municipal.

Além disso, o Procon SC atende presencialmente na Rua Conselheiro Mafra, 82, Centro, Florianópolis.

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Foto: IA
Texto: Filipe Prado

Vício x defeito: entenda os conceitos e os prazos para fazer uma reclamação

Entenda seus direitos e evite perrengues

Muitas pessoas já compraram um produto que apresentou algum tipo de falha e precisou recorrer aos direitos do consumidor para evitar o prejuízo. O Código de Defesa do Consumidor (CDC), porém, diferencia o que é considerado “vício” e “defeito” – e cada conceito possui um tempo estipulado ao direito de reclamação.

O vício, explicado no Artigo 18 do CDC, diz respeito à qualidade ou quantidade de um produto ou serviço que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo. Os vícios podem ser aparentes, de fácil identificação, ou ocultos, que aparecem depois de algum tempo de uso e são mais difíceis de serem percebidos.

Exemplos de vícios: televisão sem áudio; pacote de arroz de 1 kg com 800 g; uma parede mal pintada; falha no sistema elétrico de um automóvel depois de certo período de tempo (vício oculto).

Para reclamar de vícios, o consumidor tem 30 dias a bens e serviços não duráveis (alimentos perecíveis e não perecíveis, bebidas, produtos de higiene pessoal e de limpeza). Já bens e serviços duráveis (carro, eletrodomésticos e móveis) têm 90 dias de prazo de reclamação, contado a partir da entrega do produto ou do término do serviço. Essas regras também valem aos vícios ocultos, mas, neste caso, são contados a partir da identificação do problema.

O CDC atribui responsabilidade tanto aos comerciantes como aos fabricantes pelos vícios de qualidade e quantidade, mesmo que não tenham ciência do problema.

Se o problema de vício não for solucionado em 30 dias, o consumidor pode exigir a substituição do produto, o reembolso ou o abatimento proporcional do preço.

Defeito

Um produto é defeituoso quando não oferece a segurança esperada, como especificado no Artigo 12 do CDC. Assim, o defeito pressupõe o vício, mas a diferença é em relação ao dano moral, físico ou estético causado ao consumidor.

Exemplos de produtos defeituosos são baterias de telefone celular que explodem durante a recarga ou um chuveiro que causa choque ou tem curto circuito. Já um serviço com defeito pode ser uma tela de proteção a apartamentos mal instalada ou uma troca de botijão que permita o vazamento de gás.

O prazo para reclamação de defeitos é muito maior: 5 anos, contado a partir do conhecimento do dano. Nestes casos, o comerciante pode ser responsabilizado apenas quando o fabricante, produtor, construtor ou importador não puder ser identificado.

Contudo, o CDC não estipula prazo ao reparo e substituição do produto ou serviço com defeito. É indicado ao consumidor, portanto, que procure auxílio judicial para ingressar com uma ação por indenização, por exemplo.

Conhecer os conceitos que permeiam as relações de consumo é muito importante para que o consumidor exerça de fato seus direitos. Em dúvida, acione o Procon SC!

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Estação Verão 2025 chega ao fim: veja 10 ações do Procon SC nesta temporada

Procon SC participou da Operação Praia Limpa, em Canasvieiras, Florianópolis

Às 6h38 da última quinta-feira (20) teve início o outono. A data marca o fim do verão e, com isso, o encerramento da Estação Verão 2025, da qual o Procon SC participou pela primeira vez. Foram diversas ações visando ao bem-estar do consumidor e do turista em Santa Catarina.

“É importante que o Procon SC participe da Estação Verão, uma vez que todos os turistas são consumidores finais. No nosso dia a dia estão inseridas diversas relações de consumo, então o Procon está envolvido em várias áreas. É fundamental conseguir equilibrar as relações de consumo, com muita informação a consumidores e fornecedores”, afirma a delegada Michele Alves, diretora do Procon SC.

Confira um balanço das ações da temporada de verão do Procon SC.

1 – Cartilha de Verão

Disponível em 3 línguas (inglês, espanhol e português), a Cartilha de Verão do Procon SC informa os turistas sobre seus direitos como consumidor em Santa Catarina. O documento fornece dicas para fazer compras com segurança, indica os direitos em bares e restaurantes, na praia, em parques de diversão, em acampamentos e trilhas e nos transportes aéreo e público.

A Cartilha de Verão, assim como outros documentos com informações ao consumidor, está disponível no site do Procon SC e pode ser baixada em PDF.

“O Procon SC elaborou uma cartilha com as principais reclamações visando à orientação do consumidor: como reclamar e como se precaver. Desde o couvert, taxa de serviço, cadeira de praia, consumação mínima, que são assuntos recorrentes na temporada”, explica Alves.

2 – Golpes de verão

Informação pode ser uma ferramenta poderosa, e o Procon SC tem como missão alertar e instruir o cidadão sobre seus direitos. Assim, o Procon SC divulgou um compilado dos principais golpes praticados no verão: transporte clandestino, aluguel de verão, golpe do pix, golpe do cartão por aproximação e dicas gerais para evitar fraudes.

3 – Fiscalização em restaurantes

A equipe do Procon SC fiscalizou, a partir de denúncias recebidas, restaurantes em Jurerê e no Mercado Público, em Florianópolis. A intenção foi verificar supostos preços abusivos (quando o aumento não é justificado). Ao final da investigação, não foram constatadas irregularidades.

4 – Prato Manezinho

Iniciativa da Prefeitura de Florianópolis, o Prato Manezinho foi uma obrigação prevista em edital à concessão pública de quiosques em praias. Visando à oferta de uma refeição nutritiva por um preço mais acessível (R$ 35), a refeição era composta por peixe, arroz ou pirão, batata frita e um copo de bebida (refrigerante ou água).

Por ser uma novidade na temporada de verão, muitos quiosques precisaram adaptar-se à exigência. O Procon SC atuou na difusão de informação a consumidores e fornecedores e, após receber denúncias, fiscalizou quiosques nas praias dos Ingleses e Canasvieiras – todos em conformidade à exigência do Prato Manezinho.

As denúncias recebidas pelo Procon SC pela falta de oferta da refeição foram repassadas à Prefeitura de Florianópolis.

5 – Ilha do Campeche

Outra novidade nesta temporada foi a mudança ao acesso à Ilha do Campeche, Patrimônio Arqueológico Nacional, em Florianópolis. Para visitar o local passou a ser necessário solicitar um ingresso no site da Prefeitura de Florianópolis, mudança que pegou muitos turistas e também fornecedores de serviços desprevenidos.

Um casal argentino acionou o Procon SC, pois pagaram pelo passeio, mas não puderam desembarcar na ilha, permanecendo no barco. Depois de fiscalização e notificação do Procon SC, foi acordada a devolução de 70% do valor pago no passeio turístico.

6 – Pedágios

A principal e mais complexa atuação do Procon SC no verão diz respeito às longas filas nas praças de pedágio em Santa Catarina. Muitos consumidores têm relatado, via Zap Denúncia, que as filas ultrapassam os limites estabelecidos em contrato pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) às concessionárias.

No final de janeiro, o Procon SC notificou tanto ANTT como Arteris e a CCR a enviarem informações para investigar sobre as longas filas registradas. Em seguida, já no início de fevereiro, o Procon SC instaurou dois processos administrativos contra as duas concessionárias, já que havia muitas reclamações sobre diversos pedágios do Estado.

Se as empresas não cumprirem as exigências em Santa Catarina, elas devem liberar os consumidores da cobrança e abrir as cancelas. As regras são:

CCR Via Costeira
Segunda a quinta-feira: fila de 200 metros e 15 minutos
Feriados, finais de semana e sexta-feira: fila de 400 metros e 15 minutos

Arteris
Fila de 300 metros e 10 minutos

Em 17 de fevereiro, o Procon SC voltou a fiscalizar pedágios, desta vez da Arteris, em Palhoça, mas a fila não ultrapassou a marcação dos 300 metros. No início de março, mais uma fiscalização, desta vez da CCR, em Tubarão, no Sul do Estado.

O processo administrativo segue em andamento, respeitando todos os ritos burocráticos, e será divulgado nas próximas semanas.

7 – Camarotes de Carnaval

Os camarotes da Passarela Nego Quiridu, em Florianópolis, foram alvo de diversas reclamações em 2024. Para evitar a repetição do problema no Carnaval deste ano, o Procon SC notificou todos os camarotes do sambódromo a prestarem informações. O principal alvo da cobrança foram as publicidades, que devem explicitar exatamente os produtos que estarão disponíveis.

Os camarotes adequaram suas propagandas, conforme pedido pelo Procon SC, e não tiveram nenhum problema com o consumidor neste ano – nenhuma reclamação foi recebida.

8 – Dicas de consumo para o Carnaval

Visando a uma experiência saudável no Carnaval de Santa Catarina, o Procon SC listou alguns dos problemas mais recorrentes para alertar o consumidor durante a folia. É importante que o consumidor esteja ciente sobre cobrança indevida, direito à informação, propaganda enganosa e cobrança abusiva.

9 – Operação Praia Limpa em Canasvieiras

A última ação da Estação Verão foi uma ação conjunta com a Polícia Civil de Santa Catarina, a Operação Praias Limpas. O mutirão de limpeza na praia de Canasvieiras, que busca conscientizar a população sobre a importância de manter as praias sem sujeira, removeu mais de 4 mil bitucas de cigarro. Além disso, foram recolhidos 3,93 kg de vidro, 30 kg de rejeito, 18,28 kg de plástico, entre outros objetos.

10 – Zap Denúncia

Mesmo durante os recessos de final de ano, o Procon SC seguiu atuando em fiscalizações, divulgação de informações e principalmente no recebimento de denúncias e reclamações.

Entre 21 de dezembro e 20 de março, duração do verão, o Procon SC recebeu 1.792 denúncias através do Zap Denúncias – telefone 48 3665 9057. Os principais temas foram: filas em pedágios, preço dos combustíveis, Prato Manezinho, preço abusivo de aluguel de cadeiras de praia e valor de estacionamentos na praia.

Além disso, foram registradas 3.564 reclamações durante o verão deste ano.

Vale ressaltar que as reclamações e denúncias recebidas orientam as ações do Procon SC. É, portanto, fundamental a comunicação com o consumidor à agilidade e precisão das ações do órgão de proteção ao consumidor catarinense. Em dúvida, acione o Procon SC!

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Procon SC faz parceria com CRECI-SC para combater golpes imobiliários

Procon SC e CRECI-SC fecham acordo de parceria

O Procon SC firmou nesta quarta-feira (26) uma parceria com o CRECI-SC (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina). A ideia é desenvolver ações conjuntas de fiscalização e promover campanhas educativas sobre os direitos do consumidor no comércio imobiliário.

Com isso, os órgãos visam à redução de alguns golpes que têm sido praticados, como a atuação profissional de corretores de imóveis sem a certificação fornecida pelo CRECI, que é uma autarquia federal que regulamenta o setor. O exercício ilegal da corretagem de imóveis é crime, com punição cível e até criminal em caso de estelionato durante a comercialização de um imóvel, tanto ao corretor como à imobiliária que contratou o profissional sem a licença.

Além disso, a parceria vai combater o comércio de casas que não estejam 100% regularizadas: sem alvará ambiental, escritura, em desacordo com leis ou o Plano Diretor municipal, etc. Em resumo, o imóvel que não estiver com toda a documentação atualizada não pode ser comercializado por corretores de imóveis e imobiliárias.

Cabe lembrar, no entanto, que a atuação do Procon SC no ramo imobiliário é limitada pela Lei do Inquilinato (8.245/91). Assim, problemas e litígios entre inquilino e locatário ou imobiliária são resolvidos na Justiça comum. Porém, o Procon SC pode intervir se houver reclamação do proprietário do imóvel em relação à contratação de serviço de uma imobiliária ou administradora (exemplos: taxas indevidas, descumprimento contratual, etc.).

Portanto, fique atento: exija toda a documentação do imóvel antes da locação ou compra e cobre também da imobiliária a certificação do CRECI-SC aos corretores. Em dúvida, acione o Procon SC!

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Entenda o que muda na venda direta de ovos a partir de março

Venda direta de ovos muda a partir de março

Os ovos destinados ao consumo direto sofrerão uma alteração a partir de 4 de março, quando deverão exibir a data de validade carimbada na casca. A inovação consta na portaria 1.179 do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), decretado em 5 de setembro de 2024.

Visando à garantia da segurança alimentar e também o rastreamento dos lotes, a medida tinha um prazo de adequação de 180 dias, que acaba em 4 de março.

Além da data de validade, também deve ser identificado o número de registro do fornecedor. A medida prevê, ainda, que a tinta utilizada às marcações nas cascas dos ovos não sejam tóxicas e não representem risco de contaminação.

Portanto, fique atento consumidor: irregularidades podem ser denunciadas ao Procon SC!

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Site do Procon SC: é possível fazer reclamações – entenda a diferença entre uma reclamação e uma denúncia.

Além disso, o Procon SC atende presencialmente na Rua Conselheiro Mafra, 82, Centro, Florianópolis.

Foto: Pixabay
Texto: Filipe Prado

Problemas na rede elétrica: veja como pedir ressarcimento de equipamentos danificados

Veja como pedir ressarcimento por danos causados pela rede elétrica

A temporada de verão é geralmente marcada por calor e chuvas intensas que podem gerar oscilação e falta de energia elétrica. Estes problemas podem gerar danos aos consumidores, como a queima de aparelhos eletrônicos.

Em cumprimento ao Código de Defesa do Consumidor e às resoluções da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a Celesc, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica em Santa Catarina, tem sua política de reparação a danos causados por anormalidades em seu sistema elétrico.

Veja como funciona e como pedir o ressarcimento por produtos danificados:

Danos elétricos

O consumidor do Grupo B (baixa tensão, como residências e lojas) que tiver equipamento queimado por deficiências ou anormalidades no sistema elétrico pode pedir ressarcimento diretamente à Celesc através do site: https://www.celesc.com.br/ressarcimento-de-danos-eletricos

Para formalizar o pedido, é preciso informar data e horário prováveis da ocorrência do dano, um relato detalhado do problema e as características gerais do equipamento danificado: marca e modelo, tempo de uso e se o objeto já foi reparado alguma vez, antes ou depois de ser queimado.

O mais conveniente ao consumidor é fazer o pedido de ressarcimento em até 90 dias – passado este tempo, será necessário comprovar que o equipamento foi adquirido antes de ser queimado. Além disso, é necessário um Termo de Compromisso e Responsabilidade de que o equipamento não foi adulterado e estava instalado na unidade consumidora.

O pedido de ressarcimento à Celesc pode ser feito pela Pessoa Física ou Jurídica que seja titular da unidade consumidora do Grupo B no momento do dano. Um representante, cadastrado na empresa ou com procuração formalizada em cartório, também pode fazer o requerimento.

É necessário apresentar: originais do CPF e identificação com foto ou cópias autenticadas. Terceiros representantes do titular devem apresentar os mesmos documentos do titular da unidade consumidora, além da procuração (original ou cópia simples mediante apresentação do original).

A distribuidora deve realizar a vistoria em equipamentos para acondicionamento de alimentos perecíveis ou medicamentos (geladeiras e freezer, por exemplo) e um dia útil. Para demais eletrodomésticos, o prazo é de 10 dias corridos, com agendamento feito até 3 dias úteis antes da vistoria. Esta verificação, contudo, não é obrigatória e pode não ser realizada em alguns casos.

Consumidores prioritários

Os clientes que têm a energia elétrica como essenciais à vida (uso de equipamento médico, por exemplo) têm prioridade de atendimento e também para religar a luz. Para usufruir do serviço é necessário realizar um cadastro no site da Celesc.

Como acionar o PROCON SC

Telefone 151 – ligação gratuita apenas para tirar dúvidas dos consumidores.

Zap Denúncia – 48 3665 9057: para realizar uma denúncia através do WhatsApp do Procon SC.

Site do Procon SC: é possível fazer reclamações – entenda a diferença entre uma reclamação e uma denúncia.

Além disso, o Procon SC atende presencialmente na Rua Conselheiro Mafra, 82, Centro, Florianópolis.

Foto: Pixabay
Texto: Filipe Prado

O que acontece com sua reclamação? Veja as etapas e como funciona o Procon SC

Triagem é a primeira etapa do atendimento do Procon SC

Muitos consumidores procuram o Procon SC para resolver problemas e injustiças que podem ocorrer em variadas relações de consumo. No entanto, muitas pessoas não sabem como funciona o trâmite burocrático que envolve um processo administrativo imposto pela Diretoria de Relação e Defesa do Consumidor. Entenda as etapas, os prazos e como funciona a lógica processual do Procon SC:

1 – Atendimento

A primeira fase é a de atendimento. O Procon SC atende presencialmente das 9h às 16h no Centro de Florianópolis, na Rua Conselheiro Mafra 82. Para ser atendido, o consumidor deve levar um documento ou cópia de documento de identidade com foto e as provas que deseja anexar à reclamação.

O atendimento presencial consiste em duas etapas. A primeira é a triagem, que consiste na verificação da documentação e das informações fornecidas pelo consumidor: notas fiscais, contratos, comprovantes de pagamento ou qualquer outro documento que comprove a relação de consumo. Com base no relato dos consumidores, os atendentes identificam se há ou não relação de consumo: se não houver, o Procon SC indica o local apropriado para recorrer. Se houver, é feito o cadastro e a abertura da reclamação.

Ainda é possível realizar uma reclamação online, através do site do Procon SC, caso a cidade do consumidor não possua um Procon municipal. Para isso, é necessário um documento de identificação com foto e as provas. No site constam as instruções e as etapas para o envio de reclamação online. Vale lembrar que o Procon SC é responsável pelo atendimento das cidades catarinenses que não têm um Procon municipal. O site do Procon SC também reúne os endereços e e-mails de todos os Procons municipais de Santa Catarina.

Por fim, também é possível realizar uma denúncia através do Zap Denúncia pelo telefone 48 3665 9057 – o serviço não considera áudios nem atende ligações, apenas recebe os documentos necessários à abertura da reclamação. Veja aqui a diferença entre uma reclamação (individual) e uma denúncia (afeta mais pessoas). Qualquer dúvida pode ser esclarecida pelo telefone 151, ligação gratuita.

2 – Encaminhamento

Com a reclamação formalizada, o Procon SC pode entrar em contato com o fornecedor do produto ou serviço para tentar mediar um possível acordo entre as partes. Se não for possível, o Procon SC envia uma Carta de Investigação Preliminar (CIP), que instaura o procedimento administrativo de averiguação e formaliza a reclamação ao fornecedor, que tem 30 dias úteis (10 para reclamações online) para apresentar sua defesa contados a partir do recebimento da intimação.

Em seguida, o consumidor deve ler, em até 120 dias, a resposta do fornecedor para dar prosseguimento à reclamação. Caso reste alguma informação e/ou documento para acrescentar ao processo, o Procon SC irá atualizar o fornecedor através de um Termo de Notificação.

Se houver interesse de uma das partes (reclamada e reclamante) ou se a Assessoria Técnica do Procon SC identificar a necessidade, será agendada uma audiência de conciliação. As partes são notificadas sobre a data da audiência, que é geralmente presencial, mas pode também ser feita de maneira online dependendo do caso.

Na audiência devem comparecer um conciliador do Procon SC, o fornecedor e o consumidor. A reclamada e o reclamente podem enviar um representante desde que munidos de procuração. O conciliador irá prestar toda orientação que o consumidor precisar, será imparcial no ato, e tentará conciliar um acordo entre as partes.

Tratando-se de uma denúncia, pode ser instaurado um procedimento de averiguação, que será enviado à Assessoria Técnica para investigação preliminar. Nesta fase pode, também, ser realizada uma fiscalização in loco. Se a fiscalização constatar alguma infração podem ser aplicadas as penalidades previstas no Artigo 18 do Decreto 2.181/97, que estabelece as sanções administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor:

  • Multa;
  • Apreensão do produto;
  • Inutilização do produto;
  • Cassação do registro do produto junto ao órgão competente;
  • Proibição de fabricação do produto;
  • Suspensão de fornecimento de produtos ou serviços;
  • Suspensão temporária de atividade;
  • Revogação da concessão ou permissão de uso;
  • Cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;
  • Interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade;
  • Intervenção administrativa;
  • Imposição de contrapropaganda.

O Procon SC também pode realizar uma fiscalização de ofício, que é uma investigação que não parte de uma denúncia formal do consumidor.

Se a Assessoria Técnica não identificar nenhum problema no processo (ausência de provas e documentação, duplicidade de reclamação, desistência do consumidor ou falta de retorno no prazo de 120 dias), ela irá tomar as próximas providências do processo administrativo.

3 – Procedimento Administrativo Sancionatório

Se a reclamação for considerada fundamentada e não atendida pela empresa (se houver indícios suficientes de violação aos direitos do consumidor), o Procon SC poderá autuar o estabelecimento através de Despacho Administrativo e Auto de Infração, e a empresa terá 20 dias para apresentar defesa e contestação.

Caso a empresa não apresente defesa, ou caso a Assessoria Técnica do Procon SC não acolha os argumentos da fornecedora, o estabelecimento pode ser multado, e será concedido o prazo de 10 dias úteis para apresentação de defesa e impugnação.

A partir deste trâmite, encerra-se a primeira instância do processo administrativo, cuja decisão pode ser recorrida em segunda instância, com a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviço (Sicos). A partir da decisão da Sicos, o fornecedor não pode mais recorrer na esfera administrativa, somente no Poder Judiciário.

Se a defesa não apresentar recursos nem pagar a multa, o estabelecimento será inserido na Dívida Ativa e será cobrado judicialmente pela Secretaria da Fazenda de Santa Catarina. Entre as medidas cabíveis estão restrição de crédito e execução fiscal.

Como acionar o PROCON SC

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Zap Denúncia – 48 3665 9057: para realizar uma denúncia através do WhatsApp do Procon SC.

Site do Procon SC: é possível fazer reclamações – entenda a diferença entre uma reclamação e uma denúncia.

Além disso, o Procon SC atende presencialmente na Rua Conselheiro Mafra, 82, Centro, Florianópolis.

Foto e texto: Filipe Prado

Balanço: Procon SC lança Zap Denúncia e realiza mais de 104 mil atendimentos em 2024

Zap Denúncia do Procon SC

O Procon SC registrou mais de 100 mil atendimentos, em diversas modalidades, neste ano. No total, foram 104.483 reclamações, consultas e denúncias feitas de maneira online pelo site, presencial na sede do Procon SC, por fiscais, através do Zap Denúncia e atendimentos telefônicos através do número 151.

A grande novidade do ano foi o lançamento do serviço Zap Denúncia, em julho deste ano, que permite ao consumidor realizar denúncias (não reclamações) diretamente pelo Whats App. Basta enviar mensagem ao número 48 3665 9057 com as provas: fotos, vídeo, áudio e texto que descrevam a situação.

Além disso, o Procon SC inovou em sua maneira de se comunicar com o público em redes sociais. Através de uma linguagem mais descontraída, mas informativa e assertiva, tem conseguido informar sobre os direitos do consumidor a um público cada vez maior. Afinal, um dos principais desafios do Procon SC consiste no diálogo com o consumidor e na transparência das relações consumeristas.

Houve, ainda, diversas operações realizadas em conjunto com outros órgãos, como Polícia Civil, Conselho Regional de Odontologia e Medicina, Ministério Público, Polícia Científica e Imetro-SC.

Veja os números de 2024:

Atendimento online pelo site do Procon SC: 15.390
Reclamações feitas na sede do Procon SC: 14.284
Zap Denúncia: 2.638
Consultas: 2.153
Reclamações de ofício, feitos pelos fiscais do Procon SC: 381
Consumidor.Gov – reclamações registradas pelo site do Procon SC: 69.481
Denúncias feitas presencialmente: 156

Ranking de empresas mais reclamadas de 2024:

1 – Yeesco: 738
2 – Vivo Telefonica: 476
3 – Banco Pan: 278
4 – Claro: 234
5 – Caixa Econômica Federal: 229
6 – Banco Bradesco: 210
7 – Banco Santander: 194
8 – Celesc: 192
9 – Magazine Luiza: 190
10 – Banco BMG: 180

Ranking de problemas de 2024:

1 – Oferta não cumprida/serviço não fornecido/ venda e publicidade enganosa
2 – Não entrega/demora na entrega do produto
3 – Cobrança indevida/abusiva para alterar ou cancelar contrato
4 – Dificuldade/atraso na devolução de valores pagos/reembolso/retenção de valores
5 – Cobrança de tarifas, taxaxs, valores não previstos/não informados
6 – Cobrança por serviço/produto não contratado/não reconhecido/não solicitado
7 – Produto danificado/dificuldade de troca/conserto
8 – SAC – Demanda não resolvida/não respondida/respondida após o prazo
9 – Não entrega do contrato ou documentação relacionada ao serviço
10 – Dificuldade de cntato/demora no atendimento

Como acionar o PROCON SC

Telefone 151 – ligação gratuita apenas para tirar dúvidas dos consumidores.

Zap Denúncia – 48 3665 9057: para realizar uma denúncia através do WhatsApp do Procon SC.

Site do Procon SC: é possível fazer reclamações – entenda a diferença entre uma reclamação e uma denúncia.

Além disso, o Procon SC atende presencialmente na Rua Conselheiro Mafra, 82, Centro, Florianópolis.

Procon SC lança cartilha a turistas e videoclipe na Estação Verão

Procon SC participa do lançamento da Estação Verão

O Procon SC participou nesta segunda-feira (16), pela primeira vez, do lançamento da Estação Verão 2025, no qual lançou uma cartilha com informações sobre os direitos do consumidor para turistas e uma música. O evento reuniu diversas instituições para apresentar seus planejamentos à temporada de verão.

A expectativa é receber 3,1 milhões de turistas até março de 2025, com reforço em segurança e investimentos para receber os visitantes. O Procon SC irá atuar com fiscalização em bares, restaurantes e quiosques na praia, em campanha de divulgação de informações para turistas estrangeiros e no auxílio aos consumidores.

“Com o aumento de turistas em todo o Estado, as relações de consumo irão aumentar muito e, consequentemente, também os problemas e reclamações. Estaremos preparados para atender todo mundo”, afirma a delegada Michele Alves, diretora do Procon SC.

Para atender à grande demanda de turismo, o Procon SC começou a divulgar uma cartilha de verão em três línguas: português, espanhol e inglês. O documento reúne dicas e informações para o turista saiba seus direitos enquanto consumidor e evite problemas.

Além disso, a diretoria de proteção ao consumidor lançou um videoclipe já em ritmo de verão!

Estação Verão

O lançamento da Estação Verão 2024/2025 foi realizado na manhã desta segunda-feira (16), no Grupamento de Busca e Salvamento dos Bombeiros Militares, na Beira-Mar Norte, em Florianópolis, com a presença do governador Jorginho Mello, deputados, o senador Jorge Seif, o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, a prefeita de Itapema, Nilza Simas, e membros do secretariado do Governo.

“Estamos preparados, com equipes reforçadas, e vamos atender muito bem esses mais de 3 milhões de turistas que chegam a Santa Catarina. Vamos fazer a Estação Verão mais segura de todos os tempos com esses investimentos do Governo do Estado em várias áreas, para garantir essa tranquilidade pra quem vem de fora e pra quem vive aqui”, declarou o governador Jorginho Mello.