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Veja 10 dicas para comprar um carro usado sem ter dor de cabeça

Evite problemas na hora de comprar um carro usado

O Procon SC divulgou, na última segunda-feira (12), os direitos do consumidor na compra de carros usados. Contudo, muitas pessoas ainda ficam com dúvida sobre os melhores procedimentos a serem adotados durante a aquisição de um veículo seminovo.

Confira as dicas do Procon SC:

  • Pesquisa de preço: em primeiro lugar, analise seu orçamento e estipule um limite de quanto poderá gastar, seja em parcelas mensais ou à vista. Em seguida, faça uma pesquisa minuciosa do que está disponível no mercado: procure em diferentes lojas, concessionárias e sites. Por fim, consulte a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que é um guia de preços médios de veículos novos e usados, um indicador oficial dos preços.
  • Etiqueta VIS: a etiqueta adesiva contém a numeração de identificação do veículo, geralmente os últimos seis numerais da numeração do chassi. Esta etiqueta, obrigatória em todos os carros fabricados no Brasil a partir de 1999, é geralmente localizada na coluna da porta e no compartimento do motor e pode indicar se houve adulteração no veículo. Caso estejam danificadas ou ausentes, é possível solicitar novas etiquetas ao Detran ou ao fabricante.
  • Numeração de chassi: o número do chassi (conhecido pela sigla VIN, Vehicle Identification Number, um padrão internacional) é uma sequência de 17 caracteres que identifica cada veículo. Este número deve corresponder aos documentos do veículo, com o registro de propriedade (CTP, Comprovante de Transferência de Propriedade) e o documento de licenciamento (CRLV, Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, obrigatório à circulação de veículos e emitido anualmente pelo Detran). Adulterar a numeração de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo é crime com pena de reclusão entre três a seis anos. A verificação do chassi confirma a autenticidade do veículo e ajuda a detectar possíveis problemas legais, como carros roubados ou com histórico de problemas.
  • Numeração do motor: o mesmo vale à numeração do motor, que é distinta da sequência do chassi. O número do motor deve coincidir com o documento do veículo, o que indica que o motor é original e não foi substituído. Ele também permite rastrear o motor em caso de roubo/furto e ajuda a identificar fraudes na compra e venda de veículos. Esses dados técnicos são geralmente analisados durante uma vistoria técnica obrigatória de alguma empresa autorizada pelo Detran.
  • Consulte o Renavam: o Registro Nacional de Veículos Automotores contém dados sobre o histórico do veículo, como mudanças de proprietários, alterações estruturais, registro de multas, entre outros. Confira se não há multas pendentes e sinistros ao comprar um carro usado.
  • Test drive: experimente o carro, avalie prós e contras. Leve também em um mecânico de confiança para identificar eventuais problemas ocultos e para uma avaliação.
  • Quilometragem: verifique se os quilômetros rodados indicado corresponde à conservação e ao ano do carro. Adulterar quilometragem é crime com pena prevista entre um e cinco anos de reclusão. Para descobrir uma possível adulteração: procure por marcas de violação no painel; observe a conservação dos pneus; veja se as condições internas do carro são condizentes à quilometragem; consulte o histórico do veículo em seguradoras; verifique as datas das revisões no manual do veículo; ligue o GPS do celular e peça por um test drive (hodômetros adulterados marcam a quilometragem diferente e devem coincidir com os números de seu celular).
  • Manutenção: peça o histórico de manutenções do veículo para avaliar se foi bem cuidado e seu estado atual. Cada carro tem suas especificações, mas revisões de 10 mil, 50 mil e 100 mil km costumam ser recomendadas. Veículos usados e fora da garantia geralmente têm recomendação de revisão a cada 10 mil km.
  • Observação: veja com calma, analise o carro. Procure ferrugens na lataria, levante o capô, procura algum indício de reparo mal feito. Ouça o barulho do motor – muito barulho ou dificuldade de dar partido pode ser sinal de alerta. Verifique se os freios estão apitando e se estão com as pastilhas gastas, se o câmbio tem bom funcionamento, assim como a embreagem e a suspensão. Analise o nível e cor do fluido dos freios (deve ser transparente).
  • Não pague tudo antes da transferência: o ideal é ir ao cartório com o vendedor para formalizar o CRV. Prefira pagar por transferência bancária registrada e evite intermediários desconhecidos ou revendas duvidosas e de pouca credibilidade no mercado.

Mais informações e link úteis podem ser consultados no site do Detran

Em dúvida, acione o Procon SC (ou, neste caso, o próprio Detran)!

Como acionar o PROCON SC

Telefone 151 – ligação gratuita apenas para tirar dúvidas dos consumidores.

Zap Denúncia – 48 3665 9057: para realizar uma denúncia através do WhatsApp do Procon SC.

Site do Procon SC: reclamações para pessoas que moram em cidades sem Procon municipal.

Além disso, o Procon SC atende presencialmente na Rua Conselheiro Mafra, 82, Centro, Florianópolis.

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Foto: Free Pik
Texto: Filipe Prado

Revendedores de carros têm obrigação de fornecer garantia de 90 dias

Revendedores têm obrigação de fornecer garantia de 90 dias por carro seminovo

A compra, venda e revenda de automóveis geram dúvidas em relação aos direitos do consumidor. A pergunta a ser feita, no entanto, é: de quem você comprou?

Isso porque o Código de Defesa do Consumidor (CDC) pode ser aplicado quando há uma relação de consumo, que é caracterizada por um vínculo jurídico entre consumidor e fornecedor. Ou seja, se um veículo, novo ou seminovo, for comprado em uma concessionária, há direitos do consumidor, como o prazo de garantia obrigatório.

No caso de um carro usado, mesmo que a garantia de fábrica já tenha expirado, a concessionária tem a obrigação de cumprir o Artigo 26 do CDC: bens duráveis têm garantia obrigatória de 90 dias.

A contagem do prazo começa a partir da entrega efetiva do produto ou término da execução dos serviços se o vício for aparente.

No caso de vício oculto, que não pode ser percebido no momento da compra, o prazo de 90 dias é contado a partir da constatação do defeito.

Além disso, há uma obrigação do revendedor em fornecer informações claras e precisas sobre o produto: possíveis sinistros, multas, documentação, qualidade, condição das peças, etc.

E se comprar carro de outra pessoa?

Adquirir um veículo usado de um particular não é caracterizado como relação de consumo – o CDC não se aplica. No entanto, os direitos do consumidor são válidos se a pessoa for um vendedor profissional de carros, isto é, se comercializar carros usados com frequência, mesmo que não tenha um CNPJ.

Agora se o carro foi vendido por um particular, o comprador terá seus direitos resguardados pelo Código Civil. Se o veículo tiver algum vício oculto ou defeito (veja aqui a diferença) escondido na hora da venda, o consumidor pode solicitar judicialmente o cancelamento da negociação.

“A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor”, diz o Artigo 441 do Código Civil. Já o Artigo 445 do Código Civil complementa este direito, dando ao comprador o prazo de 30 dias, contado a partir da compra do veículo, para reclamar.

Compra de revendedores

Muitos revendedores isentam-se do período de garantia e da responsabilidade por vícios ou defeitos. Contudo, tratando-se de concessionária ou vendedor profissional, o CDC é aplicado, e o fornecedor tem, sim, a obrigação de se responsabilizar pela garantia de 90 dias.

Além disso, esta garantia abarca todas as peças do automóvel, diferente do que alguns fornecedores podem tentar vender. O Código de Defesa do Consumidor deve ser respeitado e se sobrepõe a qualquer contrato que ignorar suas premissas.

Em dúvida, acione o Procon SC!

Como acionar o PROCON SC

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Zap Denúncia – 48 3665 9057: para realizar uma denúncia através do WhatsApp do Procon SC.

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Além disso, o Procon SC atende presencialmente na Rua Conselheiro Mafra, 82, Centro, Florianópolis.

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Imagem: Free Pik
Texto: Filipe Prado